22 de abril de 2011

Amava , gostava, tudo no passado

Sabe, a um tempo atrás eu podia dizer que eu amava. Que eu amava loucamente, apaixonadamente, perdidamente - amava, amava e amava. Desses tipos de amor, que você acorda com a pessoa no pensamento, vai dormir com a pessoa no pensamento, vai tomar banho com a pessoa no pensamento, vai a escola com a pessoa no pensamento, e tudo, tudo o que você fazia, era pensando nela, chegando a ser até meio excessivo. Você seria capaz de tudo por ela, poderia dizer a você mesmo milhares de vezes que dessa vez tirava ela da sua cabeça, podia jurar que ela não te merecia, que você não se dava ao valor… Porém, se ela chegasse e te dissesse que ficaria junto contigo, tu largaria tudo e iria - sem pensar duas vezes. Só que como tudo na nossa vida tem limites, porque é que o amor não haveria de ter? Eu absolutamente, cheguei ao ponto de que não dava mais. Era realmente excessivo, e eu estava me acabando por causa desse amor, que um dia eu acreditei ser sincero. Mais eu agradeço… Agradeço a própria pessoa a quem eu amei, pois, ela mesma me fez enxergar o quão inútil era aquele sentimento.
Ingenuidade da minha parte ter achado que talvez um dia você reconhecesse a menina que sempre te amou e te esperou. A menina que sonhava com o dia em que você diria a ela um eu te amo sincero, a mesma que fechava os olhos e só sabia enxergar seu rosto. Sim, aquela que você nunca soube ver com outros olhos. Mais acontece que toda ingenuidade, de alguma forma amadurece.

                                                 D.